quinta-feira, 15 de março de 2012

Comprar uma joia, adquirir um valor

Colar de turquesa com bolinhas em ouro 18k
Colar de pérolas cultivadas em água doce e pedras naturais



Muitas pedras brasileiras coloridas. Muitos diamantes coloridos. Muitas pérolas cultivadas. E muita nobreza em ouro amarelo, rose e branco. E assim são criadas joias com muito brilho, movimento e glamour. Os fabricantes que estiveram na Feninjer – maior evento do segmento de joias na América Latina, realizado em São Paulo - apresentaram peças originais e cheias de referências, já que são os signos de identificação que o consumidor com um padrão sociocultural elevado procura. Mais do que comprar um produto, é preciso adquirir um valor. É a autenticidade em franca ascensão.

E autenticidade é o que a Briollê Joias, de Caxias do Sul, busca. No show-room localizado no centro da cidade, é possível adquirir peças com toques de originalidade e muito requinte, e até mesmo criar joias personalizadas, de acordo com o desejo da consumidora. As fotos acima ilustram apenas alguns dos diversos modelos de colares de pérolas cultivadas e pedras naturais à disposição.

Mas o que é bacana destacar é essa questão de comprar uma joia, mas acima de tudo, adquirir um valor. E foi esse conceito o que mais me chamou a atenção na feira, além das joias lindíssimas, naturalmente! O conceito partiu da publicitária e designer Janiene Santos, que palestrou na Feninjer. Ela frisou: “o consumidor não pode apenas ser entendido pelas suas características psicográficas, mas principalmente por suas condutas e motivações em relação ao consumo”. E se, como Janiene afirmou, as pessoas estão num processo de recriação constante de sua própria personalidade devido ao excesso de possibilidades, a indústria de joias e os designers precisam acompanhar esse consumidor híbrido e multifacetado, para lhe oferecer “referências” e, dessa forma, ajudá-lo na difícil tarefa de escolher um produto. É o que a designer chamou de tendência do pertencimento. “Para ser, o consumidor precisa pertencer. Embora ele queira ser único, buscando produtos originais, ele precisa estar atrelado a grupos sociais para reforçar uma identidade”.

Assim, em formas clássicas, arrojadas ou delicadas, as vitrines das joalherias irão mostrar peças em vários formatos e com várias referências: flores misturadas à diversidade da natureza; a fantasia proporcionada pelo cinema; os novos conceitos de tempo e espaço do século 21; os ícones religiosos, entre outros elementos (valores imateriais atrelados às marcas) que são indutores de consumo.

As peças apresentadas pelos mais de 120 expositores da Feninjer destacaram gemas clássicas como os rubis, as safiras e as esmeraldas, mescladas à pedras brasileiras como os citrinos, os topázios azuis, as turmalinas e as turquesas, todas devidamente iluminadas por belíssimos diamantes brancos, negros e browns.

Gabi Maria

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