quarta-feira, 25 de maio de 2016

A psique feminina comparada aos arquétipos das Deusas Gregas


Cada uma das seis deusas gregas é uma parte da deusa mãe que foi fragmentada, diminuída e dividida para destituir o poder da força feminina. Quando a deusa mãe foi suprimida pelo modelo civilizatório, as mulheres passaram a viver profundamente alienadas de si mesmas e do cerne da sua feminilidade. Os arquétipos podem chegar a possuir culturas inteiras, tornando-as neuróticas, neuroticamente submissas à autoridade, por exemplo.

O sistema patriarcal fragmentou a deusa mãe em seis figuras míticas: Atena, Ártemis, Hera, Perséfone, Afrodite e Demeter. A cada uma foram atribuídas características particulares que representam a psique da alma feminina.

Atena – deusa guerreira coloca sua carreira a frente dos relacionamentos, dos filhos e da família. Busca sua independência medindo forças no mundo dominado por homens. Atena representa o poder profissional do patriarcado suas preocupações são mentais e profissionais anulando sua meiguice e feminilidade.

Afrodite – deusa do amor, da beleza e da criatividade, coloca os relacionamentos a frente de tudo. Ela quer que seus relacionamentos sejam amorosos independentes do tipo, amigáveis, sociais, espirituais.

Perséfone – deusa dos conhecimentos paranormais, do invisível, da mediunidade, coloca suas visões a frente de tudo.

Ártemis – deusa da natureza selvagem, dos ciclos da lua, e todos os outros ciclos naturais. Não se encaixa no mundo civilizado.

Demeter – deusa da maternidade, da criação e dos cuidados com a prole, coloca os filhos a frente de tudo.

Hera – deusa do matrimônio, das relações familiares, coloca a família acima de tudo e de todos.


As deusas representam aspectos psicológicos das personalidades femininas. Padrões emocionais dos nossos pensamentos, sentimentos, instintos e comportamentos femininos. Quando enfatizamos excessivamente um aspecto isolado e negligenciamos os outros, reduzimos nossa energia feminina.

De modo que a Mulher Afrodite envergonha-se de sua sexualidade. A mulher Atena questiona sua capacidade. A mulher Hera duvida de seu poder. A mulher Demeter desconfia de sua fertilidade. A mulher Perséfone nega suas visões. A mulher Ártemis não sabe interpretar sua sabedoria instintiva e corporal.

O arquétipo da deusa mãe mora no íntimo de cada uma de nós e clama pela inteireza de sua energia.


Bete Maria.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Encontro "Escrita Daqui - bate-papo com as mina" acontece no próximo sábado em Caxias do Sul


O evento "Escrita Daqui - bate-papo com as mina" acontece no próximo sábado (21) no Zarabatana Café em Caxias do Sul. O intuito é juntar as "minas" para uma conversa sobre suas produções literárias, a escrita das mulheres e sobre a autoria local, afinal "quantas escritoras você conhece"? Lembrando que nossa queridíssima Maria, Mônica Montanari foi convidada para o bate-papo.


Eu nem queria escrever – porque escrever é sempre renascer e agora eu queria a quietude da letargia – mas não me aquieto. Não é sobre mim que paira a inquietude. É dentro de mim que ela mora e viceja. Doutrino-me à quietude. Doutrino-me. Não quero crer que sem sucesso. Mais quieta do que ontem pelo meu coração batia como samba do crioulo doido dentro do peito ainda penso que mais quietude posso ter, alcançar, ser. Cascas. Caídas. Cálidas. Cãibras. Como se escreve esta dor? Calma cálida caleidoscópica como cânhamo e cachaça cumprem cada cunha de mim.
Cálida quero adormecer. Quente quero sonhar. Aliás, lembrei do sonho de ontem, quando eu pegava uma onça pela mão e a acalmava. Não a acalmava: a dominava. Apertava o fuço dela com minha mão esquerda e a detinha sobre meu controle. Tão dominada ficou que cabia numa caixa de fósforos pequena. Mas eu sabia que dentro da caixa de fósforos havia uma onça!
Dentro das caixas sempre há uma onça.

Mônica Maria

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Dani Maria no "Folha de Caxias"

Saiu ontem na coluna "De Cor & Salto Alto" da Folha de Caxias uma matéria da nossa Dani Maria. Ela é fonoaudióloga e fala justamente em como conciliar a motricidade orofacial para que as linhas de expressão sejam amenizadas. Confira!


Clique aqui e confira a versão online com fotos extras.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Crise Sim!


Estamos beirando o meio do ano. Um ano tumultuado onde nos deparamos com uma deturpação de valores há tempos não vista. Tempos de crise. Mas eu, ao contrário dos que maldizem a crise econômica não creio que esta seja a mais grave que nos atinge. Nossa pior crise é a crise de valores e então no deparamos, novamente, entre as palavras valor e custo porque a maioria de nós pensa no custo, mas a questão dos valores vem surgindo como resposta a tudo que vivemos.

A maior prova da crise de valores foi o absurdo vivido pelo Brasil na votação do impeachment da Presidenta Dilma no decurso do mês de abril do corrente ano. Não vou adentrar aqui na questão de mérito sobre ser ou não ser um golpe, sou operadora do direito e uma pessoa de esquerda, isso por si só evidencia qual minha ideia sobre o circo masfalando em circo, o que vimos num domingo pela tarde – viram, eu não vi! – foi um circo de horrores que fez com que cada uma de nós, brasileiras, eleitoras, pensasse: isso me representa? Discursos irados, sem sentido, conclamando desde a mãe até o torturador sem dizer pra que estavam ali e o que estava dizendo. Um absurdo! Vergonha? Sim, vergonha. Talvez pela primeira vez – e única, por favor, me internem! – concordei com o Eduardo Cunha: que se tenha misericórdia do povo brasileiro, porque, sim, com estes representantes só com muita misericórdia!

Esta minha opinião sobre a crise de valores mas sobre a crise de custos – a financeira - tenho pra dizer que o caminho é este mesmo: há uma mudança mundial de necessidades, de quereres. Os valores das novas gerações é diferente daqueles de quem está gerindo os negócios. A preocupação do mundo hoje é por consumo menor – de água, de roupas, de carros, casas menores, menos filhos, etc – menos é mais e evidentemente teremos uma retração no mercado. Não serão necessários tantos carros, nem tantas lâmpadas, nem tantas roupas, a opção por plantar a comida ou as trocas e o viver em comunidades negociando a sobra de cada entidade familiar tem se tornado uma ideia comum. Amigos alugam uma casa juntos – 3 famílias –plantam sua horta no fundo do lote, produzem suas conservas, costuram suas roupas, andam de bicicleta... todas nós conhecemos pessoas que optaram por isso além de outras que resolveram construir suas casas com material de demolição....sim, o mundo esta mudando, o consumo está diminuindo e isso, evidentemente traz consigo uma crise no sistema capitalista, não precisa ser economista nem vidente pra saber, é só olhar ao redor!

Quer saber? A mim particularmente este mundo de crise agrada pois podemos pensar o que realmente queremos e nos aproximar de nós mesmos sem tantas necessidades e desejos externos estando de acordo com valores de integridade sem custos adicionais buscando o exercício de uma vida mais simples, ética e atrelada ao que queremos: felicidade! 

Pra você, que não concorda vou saindo meio de lado deixando meu olhar 43 com a certeza de nos vermos em outras paragens! 

Hasta lá vista baby!

Mônica Maria

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Workshop “Integrando a Energia Feminina com Aromas"


Para colaborar no resgate da Deusa que está ausente na sua vida, a Maria Bete Carelli estará ministrando o workshop “Integrando a Energia Feminina com Aromas – A psique feminina vista pela ótica das Deusas”. O evento acontece no próximo sábado (07) das 9h às 17h no Espaço Holístico “O Caminho do SER”, que fica na rua Angelina Michelon, 746, Bairro Cristo Redentor em Caxias do Sul (RS).

A Bete Maria é aromaterapeuta e professora de aromaterapia, especialista em DMP (Deep Memory Process) e bióloga com doutorado em Ciências.

Cada aspecto uma energia, cada energia uma Deusa, cada uma das Deusas Influencia nossa vida e nossas escolhas. Qual a Deusa que está ausente em sua vida? A Deusa ausente representa a área que precisa receber atenção. Vamos curar as feridas da psique feminina e exercer o poder de Hera, a intuição de Perséfone, a beleza de Afrodite, a realização profissional de Atena, os poderes de Ártemis e ter empatia com os sentimentos de outros como Deméter.


Curando-nos curamos o coletivo.

domingo, 1 de maio de 2016

Nossas identidades

 #diálogoscotidianos

Bem, quem ainda não me conhece,  saiba que adoro ficar "de butuca" nas "conversas de restaurante" , ou sacando o comportamento do casal de velhinhos que dá as mãos após pagar a conta. Aquela  criança que se aproxima do balcão de doces... , o carteiro/entregador de encomendas  procurando os números nos prédios... Parece que sempre quero encontrar uma pista sobre eles, no maior estilo Globo Repórter: "quem são? onde vivem? o que comem?" hehehe.

Não é por intrometimento, não! Apenas um costume para alguns dias de folga.

Hoje tudo está facilitado, pois posso fingir que olho o celular enquanto estou fazendo meus estudos sociológicos infundados. Não era assim quando os celulares não tinham internet. E não era assim quando recém havíamos começado a preencher nossas agendas nos aparelhos móveis.
Foi nessa época que flagrei "sem querer" um diálogo mais ou menos assim, no pátio de uma redação:
 - Deixa eu ver como é que tu anotou meu nome no teu celular?
- ? Tá ...[ e ela mostra o celular]
- Só isso? Fulano e inicial do sobrenome...
- Sim, por quê?
- [silêncio]
- Não gostou? Mas, não é o teu nome? aff.... queria que eu anotasse como?
- Sei lá... mas só fulano e uma letra... tu vai saber que sou eu?
[Ela responde irônica] - Tá então eu vou anotar  Melhor fotógrafo de todos os tempos/ Fulano COM SOBRENOME COMPLETO /da redação. Ok?

Não sei se riram juntos ou cada um seguiu para fazer matéria em separado. Saí de fininho, me dando conta de que muitas vezes acreditamos que nossa identidade não está em como nós nos apresentamos, mas sim na maneira como os outros nos identificam.

Para uns, sou filha do Joel e da Fátima; para outros sou a mana da Jô, da Grazi, do Diego ou do Thiago. No colégio, sou a mãe do Davi. No show, sou a mulher do cara da banda. No trabalho sou a repórter do tal e tal veículos, sou assessora de imprensa de tal e tal empresa... e por aí vai. Mas o que importa? 

Não há problema algum nisso, somos filhas, irmãs, tias (bem isso eu ainda anão sou!). Somos  noras, cunhadas, profissionais, somos alunas em algumas disciplinas da vida e profes em outras. Somos múltiplas. Só não podemos esquecer de uma coisa:  somos todas  essas pessoas e funções ao mesmo tempo. Ou seja, somos únicas, somos nós. Somos Janaína, Tita, Gabi, Nina, Leandra, Mê, Beti, Gio, MARIA...

Bem, depois desse texto mudei todos os celulares que eu tinha identificados como "mãe de tal amiguinho" pelo NOME delas. É o mínimo, né, gente!  

Até a próxima!!! 

Jana Maria