quarta-feira, 8 de março de 2017

A mulher em suas multiformas de estar no mundo



Em meio a esse movimento, onde as mulheres parecem estar despertando para uma nova consciência, seria pouco reservarmos um dia para celebrar o Dia Internacional da Mulher. Por isso, eu, Marina Maria, juntamente com amigas/irmãs dos cursos de naturologia, produção de mídia, jornalismo, publicidade e propaganda e direito decidimos juntas, construir uma semana inteirinha dentro da nossa Universidade (Unisul) dedicada a nós mulheres. Claro que não podia ficar de fora minha mãe, Tita, falando sobre as singularidades de cada mulher somada a boa auto-estima.

O evento iniciou na segunda à noite. Estavam presentes professoras, coordenadores, mães, filhas e avós engrandecendo as falas da Célia e sua cozinha funcional e da Manoela, a doula que recém virou mamãe. Nos deliciamos não só com as comidinhas saudáveis da Célia, mas também com a sua história de vida inspiradora e motivadora. Quando chegou a vez da Manu, a roda de conversa ficou afiada. Mulheres de várias idades contaram suas experiências na maternidade e no parto, juntamente com todo o encanto que essa Doula trouxe sobre a Deusa que a mulher transcende na hora do seu parto. Na noite de ontem, a Gabby abriu a roda de conversa sobre a Mulher negra e em seguida conversamos sobre “Mulher, Deficiência e sexualidade”.



A semana segue com a programação riquíssima, ainda mais hoje, que é o grande dia. Terá roda de conversa com o tema a “Mulher em primeira pessoa na música brasileira”, “Lilith, a primeira feminista: desvendando o mito para empoderar o feminino”, “Feitios Naturais: como cuidar do corpo naturalmente e essencialmente”, mesa redonda com o tema “Mulher, Direito e Justiça”, workshop de Defesa Pessoal Feminina, entre outras atividades. Chegando ao final dessa semana, na sexta-feira (10) às 20:30, a Tita vai enriquecer esse evento em um momento descontraído com sua história inspiradora, suas dicas de consultora de imagem e percepções da boa autoestima.


E aí meninas, gostaram? Todos os eventos acontecem na Unisul da Grande Florianópolis. Fica na Cidade Criativa Pedra Branca, no Hall do Bloco C. Será um prazer recebe-las. 😊


terça-feira, 25 de outubro de 2016

Mastectomia – você continua linda!


No mês de outubro, ouvimos propositalmente, falar muito sobre o câncer de mama. É o mês de conscientização do assunto. Por conta disso, desenvolvemos esse post. Porém, queríamos sair do convencional. Por isso trazemos um post que trata exclusivamente de uma situação que leva muitas dessas mulheres a enfrentar, a mastectomia.

Câncer de mama


O câncer é um processo delicado, o câncer de mama para uma mulher, nem se fala. Quando nos deparamos com a possibilidade da morte, questionamentos vem a nossa cabeça e a sensibilidade emocional é fortemente abalada. Ainda, durante esse processo de enfrentamento da doença é provável a perda dos cabelos e em grande parte dos casos é necessária a retirada de uma ou das duas mamas. Imagina então em uma sociedade completamente padronizada estaticamente, que não questiona o que é “normal” e as diferenças são hierarquizadas. Isso quer dizer, que se você for careca ou não tiver as mamas será feia, menos atraente e não será feminina. Será mesmo? Será que não está mais do que na hora de desconstruirmos esses paradigmas? Todas as mulheres carregam em seu corpo a sua história, que é diferente de todas as outras. Isso é a sua singularidade, isso que a torna naturalmente linda.

Possibilidade de Vida


A mastectomia é uma cirurgia que faz a remoção da mama. É indicada para evitar a progressão da doença quando a mulher apresenta carcinoma in situ descoberto precocemente e como forma complementar ao tratamento radioterápico e quimioterápico. Ela também pode ser feita de forma preventiva, como fez a Angelina Jolie. Esse caso é apropriado para mulheres que apresentam elevado risco de desenvolver câncer de mama, quando a mulher apresenta histórico familiar do mesmo câncer e quando a mulher já teve um câncer em uma das mamas.
Na mastectomia simples é removido o peito inteiro. Isso inclui o bocal, aréola, pele e os nós de linfa axilares presente no tecido do peito. Nem um músculo debaixo do peito é removido. Quando a cirurgia é executada nos dois peitos, é chamada de mastectomia dobro. Esta opção pode ser escolhida por alguns pacientes como uma medida preventiva.
Na mastectomia radical é retirada toda a glândula mamária, o músculo peitoral e os linfonodos da região da axila. Na mastectomia radical modificada são mantidos os linfonodos axilares e o músculo peitoral maior, retirando somente as glândulas mamárias.
Na maioria dos casos, a mulher poderá colocar implantes de silicone logo após a retirada da mama. Porém, existem casos em que essa prática é desaconselhada. Dessa forma, a mulher deverá esperar a autorização do médico para que ela possa colocar o implante. Após o tratamento é indicado que a mulher busque um fisioterapeuta pois ele irá atuar na melhora do movimento dos braços, que diminui por conta das cicatrizes da cirurgia.

Você não deixará de ser mulher por conta disso


Os parâmetros que o sistema impõe para o corpo "perfeito" influenciam fortemente nessa questão. É valorizado esse corpo "perfeito" como o essencial na atração sexual e isso está explícito na grande mídia, por exemplo.
Estudos demonstram que a depressão após a cirurgia na mama é uma resposta emocional comum. A causa mais frequente está ligada a alteração física em decorrência da cirurgia. O medo de não ser mais atraente sexualmente e de não ser feminina é o que aflige essas mulheres.
O fato é que você não é mulher apenas porque tem seios. Ser mulher é estar de bem com o seu feminino. Princípio que engloba entrega, acolhimento, receptividade, cuidado e flexibilidade para as transformações necessárias. Ser mulher é estar em contato com o seu corpo além da sua forma. É ouvir, sentir e acolher todos os prazeres e desprazeres que ele te proporciona.

Família


O suporte da família não se resume em atender as necessidades da mulher durante esse período enfermo. O suporte familiar deve aliar o afeto, o cuidado com à saúde da mulher e o bom relacionamento. É inevitável que diante do diagnóstico, a família enfrente tensões nervosas junto com essa mulher. Porém, o que se deve fazer é não deixar que elas interfiram nas relações dentro da unidade familiar. O amor dessa família deve estar a cima de qualquer coisa.
O amparo familiar auxilia muito para crescimento pessoal dessa mulher. Assim, cresce uma força positiva que é fundamental para que ela tome decisões importantes e transforme alguns conceitos e comportamentos. O afeto da família permite ainda que a mulher mantenha certa estabilidade para lutar contra essa doença e se conformar com as mudanças físicas possivelmente decorrentes. Assim, supre suas carências emocionais e trabalha a aceitação e a orientação comportamental.

Parceiro (a)


Por consequência da mutilação a mulher tende a se sentir diminuída na sua feminilidade, atratividade e sexualidade. Por isso, o relacionamento afetivo, quando existente, é fundamental para reestruturação e manutenção da estabilidade emocional, aceitação da sua nova imagem, autoconfiança e autoestima.
O papel do (a) parceiro (a), como falado anteriormente, pode ser essencial para (re) empoderar essa mulher. Assim, conforme estabiliza a doença, o casal volta a ter interesse pela vida sexual e começa a empenhar-se para um bom relacionamento sexual de ambos. É fundamental trazer à tona a intimidade e as carícias de forma que tanto a mulher quanto o homem descubram novos pontos de prazer. Com a adaptação, o relacionamento sexual tende a ser cada vez mais agradável, confortável e prazeroso.

Sociedade


As relações familiares não são as únicas afetadas pelo o câncer de mama, as relações sociais também sofrem impacto. A falta de informação quanto a doença que ainda possui uma conotação de contágio e terminalidade faz com que as pessoas ajam, em muitos casos, com falta de empatia. Diante disso, o valor que a mulher atribui a si mesma influencia o significado de sentir-se com câncer, e consequentemente, na forma de dar e receber afeto de outras pessoas.
Mulheres que já tiveram câncer de mama relatam o quão importante é o vínculo criado entre mulheres que passaram pela mesma situação. Pelo exemplo e história de suas colegas,
resgatam a sua força interior e aumentam a sua capacidade de enfrentamento. Grupos que apoiam essa causa são fundamentais para propiciar os encontros das mesmas.

Tratamento


Além da cirurgia, outros efeitos colaterais decorrentes do tratamento são aparentes, como a perda do cabelo e o ganho de peso. É natural que a mulher não se sinta confortável em sua nova aparência e, sentimentos de vergonha e embaraço ao se relacionar, principalmente sexualmente, podem se manifestar. No entanto, quando a mulher é capaz de reconhecer-se e aceitar-se nesse novo momento abre-se a possibilidade do outro fazer o mesmo e, assim ambos podem passar por essa fase de forma mais harmônica.

Você é linda!


O câncer de mama exige uma reabilitação não só física, mas emocional e social também. É uma jornada que exige da mulher luta para uma (re) construção.
Para desenvolvermos esse assunto tão singular e tão sensível, pesquisamos principalmente depoimentos de mulheres que passaram por essa situação. Compartilhamos todos aqui com vocês nas referências. Porém, o que mais nos chamou a atenção foi como essas mulheres enfrentaram a doença e saíram dela. Depoimentos trazem a palavra renovação. Renovação do corpo, da mente e do espírito. Renovação da consciência de mulher empoderada. Essas mulheres saíram dessa mais fortes do que entraram e todas elas pensam uma coisa em comum. Você continua linda! Não nos referimos linda apenas ao físico. Nós entendemos a palavra “linda”, como uma mulher que traz em seu corpo e em seu semblante uma história singular. Uma história de luta, de renovação, de empoderamento. De vida!
Esse texto é especial para mulheres ou pessoas próximas de mulheres que passaram por essa situação. Porém, esse texto cabe a cada um de nós repensarmos os nossos valores, os nossos padrões atuais e o nosso respeito com qualquer pessoa que seja. Pois, o que é ser normal? O que é ser diferente? Todos temos singularidades, e são elas que nos tornam únicos.

Marina Maria e Milene Hada





Referências

https://www.tuasaude.com/mastectomia/ http://www.news-medical.net/health/Types-of-Mastectomy-(Portuguese).aspx 

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582006000200007 

https://www5.bahiana.edu.br/index.php/psicologia/article/view/601

https://www.youtube.com/watch?v=T-nv8SMckZc COLBIE CAILLAT – TRY (LEGENDADO) 

https://www.youtube.com/watch?v=oCZ0l5eu2TI A CURA COMEÇA NO PENSAMENTO – DEPOIMENTO DE LUCIANA BARROS SOBRE O CÂNCER DE MAMA 

https://www.youtube.com/watch?v=8gr7wo717uk CAMPANHA 20 ANOS O CÂNCER DE MAMA NO ALVO DA MODA 

https://www.youtube.com/watch?v=-A-fHnP5wNc DOCUMENTÁRIO CÂNCER DE MAMA: DO COMEÇO AO RECOMEÇO 

https://www.youtube.com/watch?v=hTBQq4tyb0I MULHERES DE PEITO – DOCUMENTÁRIO

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Dando tempo ao tempo/o show tem que continuar


A Ana Maria entrou no Teatro pronta para dar risadas, gargalhadas, até. Mas assim que o ônibus amarelo deixou Kraunus no palco do Teatro e voou levando Maestro Pletskaya de volta para Sbórnia, bateu aquela saudade.

Saudade/riso/saudade/choro/saudade/alegria/ saudade/ brilho nos olhos.

Uma consciência doída e doida de que a pessoa não está mais ali, mas está.

Uma consciência de todos aqueles clichês, que são tão verdadeiros. Coisas como "o artista nunca morre, sua obra será eterna."

Trocam as luzes, troca a música. Aplausos, risadas,emoção ao lembrar da Cat Milleidy e da atriz Adriana Marques. E tudo de novo: 

Saudade/riso/saudade/choro/saudade/alegria/ saudade/ brilho nos olhos.
E o inconsciente recobra a frase:

"Você trocaria esse desconforto de agora por não ter conhecido essa pessoa?
Você trocaria?
Você trocaria?
(...)

Enquanto esse turbilhão de emoções rodopiava o coração da Ana Maria, a Virgínia, ali ao lado, olhava esquisito. Como quem diz: "Mas isso não tá com delay? Afinal, já faz tempo! Tu já é grandinha, né? "

E só com os olhos, ou fingindo que não está vendo a Ana Maria já responde: "Não, não tá com delay! Porque o luto é algo que não tem dia, nem hora. Não tem ano, nem década. Ele tem o seu tempo."

Só para vocês entenderem: a Ana Maria e a Virgínia são amigas há tanto tempo que  respondem mentalmente, uma para a outra, as perguntas que nem chegaram a ser feitas.


Ah! E respondendo a pergunta complicada do início: ela não trocaria por nada a alegria de ter conhecido (mesmo que só na plateia) o maestro Pletskaya. Ela jamais apagaria lembranças para ganhar como recompensa um aparente conforto, sem significado algum.    

Jana Maria

CRÉDITO DA FOTO: Fabiano do Amaral / CPMemória (Site Correio do Povo)

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Exposição Fotográfica Em Nome de Todxs



A ideia da exposição partiu do fotógrafo Mario André Coelho como proposta antropológica de inserir a população LGBT – trabalhando mais pontualmente com transexuais - dentro do seu cotidiano. O estereótipo social da população LGBT, em toda sua gama foi transformada – talvez por ser um produto mais consumível – num personagem quase burlesco com plumas e purpurinas quando são indivíduos com vida normal, inseridos no cotidiano de casa, trabalho, família, relações afetivas, etc. como todxs. Esta a ideia da exposição: mostrar que todxs vivemos como todxs.


Como parte da equipe ainda os produtores Fábio Borges e Mônica Montanari abraçaram a ideia pois que num momento histórico de preconceitos, exclusão e discriminação no qual estamos vivendo é deveras importante abordar estas questões não com o foco de grupo mas sim como visão ampla dos direitos humanos que por vezes barra num olhar reducionista e excludente como cor de pele, sexo ou orientação sexual como se houvesse qualquer justificativa para a violência que se instala a partir disso, pois que excluir é agredir.

A ideia somente foi possível de ser concebida por conta da participação e auxilio da ONG Construindo Igualdade e de sua Coordenadora, ativista no movimento LGBT, a amiga Cleonice – Cleo Araujo. Sem o apoio da ONG e das militantes destes espaços não conseguiríamos ter dado continuidade ao trabalho e levado a ideia adiante.

O discurso da igualdade precisa ser exercitado todos os dias, todas as horas e em todos os lugares e para tanto é necessário trazermos os que diferentes para mostrar que iguais, portanto a Exposição EM NOME DE TODXS pretende abordar o que sinaliza ser inadequado, estranho, ou diferente mas que nada mais representa do que aspectos nossos de  inadequação, estranheza ou diferença dentro do todo em algum momento de nossas vidas e isso não nos faz mais ou menos felizes, com mais glitter ou purpurina mas sim humanos com as mazelas da humanidade e com a certeza de fazer parte desta gama viva que pretende um mundo de amor, de respeito, cidadania e Justiça a todos,para todos e em nome de todxs!

quarta-feira, 25 de maio de 2016

A psique feminina comparada aos arquétipos das Deusas Gregas


Cada uma das seis deusas gregas é uma parte da deusa mãe que foi fragmentada, diminuída e dividida para destituir o poder da força feminina. Quando a deusa mãe foi suprimida pelo modelo civilizatório, as mulheres passaram a viver profundamente alienadas de si mesmas e do cerne da sua feminilidade. Os arquétipos podem chegar a possuir culturas inteiras, tornando-as neuróticas, neuroticamente submissas à autoridade, por exemplo.

O sistema patriarcal fragmentou a deusa mãe em seis figuras míticas: Atena, Ártemis, Hera, Perséfone, Afrodite e Demeter. A cada uma foram atribuídas características particulares que representam a psique da alma feminina.

Atena – deusa guerreira coloca sua carreira a frente dos relacionamentos, dos filhos e da família. Busca sua independência medindo forças no mundo dominado por homens. Atena representa o poder profissional do patriarcado suas preocupações são mentais e profissionais anulando sua meiguice e feminilidade.

Afrodite – deusa do amor, da beleza e da criatividade, coloca os relacionamentos a frente de tudo. Ela quer que seus relacionamentos sejam amorosos independentes do tipo, amigáveis, sociais, espirituais.

Perséfone – deusa dos conhecimentos paranormais, do invisível, da mediunidade, coloca suas visões a frente de tudo.

Ártemis – deusa da natureza selvagem, dos ciclos da lua, e todos os outros ciclos naturais. Não se encaixa no mundo civilizado.

Demeter – deusa da maternidade, da criação e dos cuidados com a prole, coloca os filhos a frente de tudo.

Hera – deusa do matrimônio, das relações familiares, coloca a família acima de tudo e de todos.


As deusas representam aspectos psicológicos das personalidades femininas. Padrões emocionais dos nossos pensamentos, sentimentos, instintos e comportamentos femininos. Quando enfatizamos excessivamente um aspecto isolado e negligenciamos os outros, reduzimos nossa energia feminina.

De modo que a Mulher Afrodite envergonha-se de sua sexualidade. A mulher Atena questiona sua capacidade. A mulher Hera duvida de seu poder. A mulher Demeter desconfia de sua fertilidade. A mulher Perséfone nega suas visões. A mulher Ártemis não sabe interpretar sua sabedoria instintiva e corporal.

O arquétipo da deusa mãe mora no íntimo de cada uma de nós e clama pela inteireza de sua energia.


Bete Maria.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Encontro "Escrita Daqui - bate-papo com as mina" acontece no próximo sábado em Caxias do Sul


O evento "Escrita Daqui - bate-papo com as mina" acontece no próximo sábado (21) no Zarabatana Café em Caxias do Sul. O intuito é juntar as "minas" para uma conversa sobre suas produções literárias, a escrita das mulheres e sobre a autoria local, afinal "quantas escritoras você conhece"? Lembrando que nossa queridíssima Maria, Mônica Montanari foi convidada para o bate-papo.


Eu nem queria escrever – porque escrever é sempre renascer e agora eu queria a quietude da letargia – mas não me aquieto. Não é sobre mim que paira a inquietude. É dentro de mim que ela mora e viceja. Doutrino-me à quietude. Doutrino-me. Não quero crer que sem sucesso. Mais quieta do que ontem pelo meu coração batia como samba do crioulo doido dentro do peito ainda penso que mais quietude posso ter, alcançar, ser. Cascas. Caídas. Cálidas. Cãibras. Como se escreve esta dor? Calma cálida caleidoscópica como cânhamo e cachaça cumprem cada cunha de mim.
Cálida quero adormecer. Quente quero sonhar. Aliás, lembrei do sonho de ontem, quando eu pegava uma onça pela mão e a acalmava. Não a acalmava: a dominava. Apertava o fuço dela com minha mão esquerda e a detinha sobre meu controle. Tão dominada ficou que cabia numa caixa de fósforos pequena. Mas eu sabia que dentro da caixa de fósforos havia uma onça!
Dentro das caixas sempre há uma onça.

Mônica Maria

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Dani Maria no "Folha de Caxias"

Saiu ontem na coluna "De Cor & Salto Alto" da Folha de Caxias uma matéria da nossa Dani Maria. Ela é fonoaudióloga e fala justamente em como conciliar a motricidade orofacial para que as linhas de expressão sejam amenizadas. Confira!


Clique aqui e confira a versão online com fotos extras.