- Mãe, o que é “programação” (de computadores)?
- (...)
- Por que você quer saber isso?
- Eu quero fazer um joguinho, aí eu tenho que programar...
- (...) Bem, (... respira...) ... Então é assim, filho: a gente fala português, inglês... o computador, fala uma outra língua, que não é humana... É língua de máquina...
- Hummm...
- Aí, o programador, aprende a falar essa língua também. Ele transforma na língua do computador essas coisas que a gente quer dizer. Aí todo mundo se entende.
- Ah! Legal! Vou desenhar o meu joguinho pra depois fazê a tradução!
Nesse diálogo com meu filho de seis anos, as primeiras reticências representam que eu gostaria de ignorar a pergunta, e largar aquela clássica: “pede pro teu pai”. Mas aí, a gente vê que algumas coisas podem ser faladas de um jeito simples, que podemos usar algumas metáforas e “clarear as ideias”.
Não sei se fiz certo ou errado, se expliquei ou confundi, mas a felicidade daquele rostinho com dúvida sanada me deixou muito feliz. E isso eu levo também para o jornalismo. Fico muito satisfeita com as oportunidades de mediar conversas, muitas vezes difíceis, e passar alguma informação útil para frente. Quando não estou entendendo o que alguém com conhecimento muito específico diz, tenho vontade de pedir: por favor, me explica como se eu tivesse 6 anos?
Se bem que os 6 anos de hoje...
Bjs
Jana Maria