quinta-feira, 24 de março de 2016

A psique feminina vista pela ótica das Deusas Gregas

Vivemos uma civilização bélica, competitiva e destrutiva, desvinculada da Natureza e da energia do feminino. O Arquétipo do pai reverencia exclusivamente o principio paterno, suprimindo ou menosprezando o princípio feminino.

Desde pequena a menina sente o peso da preferência da sociedade pelos meninos quando o assunto é o desenvolvimento mental e intelectual. O conceito de que o homem é mais competente está profundamente arraigado dentro deste modelo de sociedade. Quem acha que isso mudou está enganada, basta olhar para os salários nos mesmos cargos e ver quem leva a preferência nos cargos mais altos. Da mesma forma os aspectos femininos como maternidade, sexualidade entre outros, estão profundamente deturpados.

Algo está em processo de mudança, mas muito lentamente. Existe ainda muito o que mudar no contexto de nossa civilização. Precisamos de coerência e muita mudança interna e externa. Além disso, o contexto social vigente gerou, na psique da mulher, desequilíbrios e perturbações profundas criando um inconsciente coletivo de inferioridade e de aceitação. Fomos feridas na nossa essência, destituídas do poder, marginalizadas e muito empobrecidas. Nossa energia feminina foi fragmentada e nosso poder esmagado. Fomos forçadas a calar e induzidas a calar as outras mulheres e, pior ainda, defender o machismo dentro da própria casa.


O princípio feminino está ressurgindo e é importante compreendermos a natureza e a condição dos arquétipos femininos que estão despontando no inconsciente coletivo. Mudanças vêm acontecendo movidas por estas pressões internas e a proposta é darmos vazão a esta energia, curando as chagas da psique feminina, “as chagas das Deusas feridas em todas nós”.

Bete Maria

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