segunda-feira, 16 de maio de 2016

Crise Sim!


Estamos beirando o meio do ano. Um ano tumultuado onde nos deparamos com uma deturpação de valores há tempos não vista. Tempos de crise. Mas eu, ao contrário dos que maldizem a crise econômica não creio que esta seja a mais grave que nos atinge. Nossa pior crise é a crise de valores e então no deparamos, novamente, entre as palavras valor e custo porque a maioria de nós pensa no custo, mas a questão dos valores vem surgindo como resposta a tudo que vivemos.

A maior prova da crise de valores foi o absurdo vivido pelo Brasil na votação do impeachment da Presidenta Dilma no decurso do mês de abril do corrente ano. Não vou adentrar aqui na questão de mérito sobre ser ou não ser um golpe, sou operadora do direito e uma pessoa de esquerda, isso por si só evidencia qual minha ideia sobre o circo masfalando em circo, o que vimos num domingo pela tarde – viram, eu não vi! – foi um circo de horrores que fez com que cada uma de nós, brasileiras, eleitoras, pensasse: isso me representa? Discursos irados, sem sentido, conclamando desde a mãe até o torturador sem dizer pra que estavam ali e o que estava dizendo. Um absurdo! Vergonha? Sim, vergonha. Talvez pela primeira vez – e única, por favor, me internem! – concordei com o Eduardo Cunha: que se tenha misericórdia do povo brasileiro, porque, sim, com estes representantes só com muita misericórdia!

Esta minha opinião sobre a crise de valores mas sobre a crise de custos – a financeira - tenho pra dizer que o caminho é este mesmo: há uma mudança mundial de necessidades, de quereres. Os valores das novas gerações é diferente daqueles de quem está gerindo os negócios. A preocupação do mundo hoje é por consumo menor – de água, de roupas, de carros, casas menores, menos filhos, etc – menos é mais e evidentemente teremos uma retração no mercado. Não serão necessários tantos carros, nem tantas lâmpadas, nem tantas roupas, a opção por plantar a comida ou as trocas e o viver em comunidades negociando a sobra de cada entidade familiar tem se tornado uma ideia comum. Amigos alugam uma casa juntos – 3 famílias –plantam sua horta no fundo do lote, produzem suas conservas, costuram suas roupas, andam de bicicleta... todas nós conhecemos pessoas que optaram por isso além de outras que resolveram construir suas casas com material de demolição....sim, o mundo esta mudando, o consumo está diminuindo e isso, evidentemente traz consigo uma crise no sistema capitalista, não precisa ser economista nem vidente pra saber, é só olhar ao redor!

Quer saber? A mim particularmente este mundo de crise agrada pois podemos pensar o que realmente queremos e nos aproximar de nós mesmos sem tantas necessidades e desejos externos estando de acordo com valores de integridade sem custos adicionais buscando o exercício de uma vida mais simples, ética e atrelada ao que queremos: felicidade! 

Pra você, que não concorda vou saindo meio de lado deixando meu olhar 43 com a certeza de nos vermos em outras paragens! 

Hasta lá vista baby!

Mônica Maria

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