Início da civilização: os
machos iam à caça, à guerra, ao mundo e as fêmeas ficavam nas cavernas/casas,
cuidando das crias – levando-se em conta que naquela época não existiam os
métodos anticoncepcionais e a gravidez se sucedia anualmente e, da mesma forma,
a amamentação era a única forma de manter o filhote vivo - e não havia leite em
pó, banco de leite ou complemento alimentar! Este filhote deveria crescer com
saúde, pois era importante o aumento do grupo para ampliar a tribo. Bizarro?
Nada mais do que aconteceu com nossos antepassados, então fica bem claro
porque, durante muito tempo, se entendeu que as fêmeas/mães eram as guardiãs
exclusivas dos filhos.
O tempo mudou. Hoje fêmeas e
machos – mães e pais – vão para a luta diária que vai garantir à família casa,
comida, bens, abrigo, território e alguma coisa que nos dê alegria! Hoje
existem creches, leite em pó, cuidadores, banco de leite, babás, etc. que
garantem que ambos possam cuidar de seus filhos e, a partir daí, há uma reviravolta
no Direito de Família que, por ser uma ciência social, representa e é
modificada perante as mudanças da sociedade, desta feita, mudando os papéis
sociais do pai e da mãe, da mulher e do homem na sociedade, muda a visão que o
julgadores tem desta família.
Imagem: ajudajudicial.com.br
Sem dúvida, pra mim, isto é
evolução. A partir do Estatuto da Criança e do Adolescente passou-se a buscar
uma decisão que melhor atenda ao interesse da criança, e às vezes temos um pai
muito mais cuidador e amoroso que uma mãe – o que também garante que casais
homossexuais masculinos adotem filhos e sejam bons cuidadores. Hoje, equipes
disciplinares decidem o que é melhor para as crianças, que não se restringe às
questões econômicas, passando por ela,
mas indo por questões subjetivas como afeto e amor.
Hoje pais e mães têm a
possibilidade de ficar com seus filhos e isso deixa cada vez mais de ser uma
disputa, e passa a ser um ato de amor, pois possibilita que os genitores
percebam o que é melhor para o filho e possam vê-lo como o ser que mais merece
cuidado na hora de uma separação, havendo, ainda, a possibilidade da guarda
compartilhada que possibilita contato de ambos os pais com o filho. Enfim...migramos
da disputa pela guarda para o compartilhamento do amor!
Beijocas!
Mônica "Maria"
Mônica Montanari é advogada.
Registro profissional: OAB/RS 30.596
Contato:
Rua Pinheiro Machado, 1811 - sala 61 - Ed. Gemini I - Centro
Caxias do Sul (RS)
54 3223.0230 | 9101.2744
Nenhum comentário:
Postar um comentário